Zouk Árabe - A Trajetória dessa Fusão

10/08/2011 01:18

 

Dentro da Arte da Dança do Ventre existem vários estilos e dentro deles tem um que anda crescendo muito nos últimos anos que é a Fusão, ou Fusion Belly Dance, que é a união de outros estilos de danças junto a Dança do Ventre, e o Zouk Árabe é uma dessas fusões onde mistura-se o Zouk. E é importante lembrar que como qualquer fusão, para que seja realizada de forma satisfatória deve-se estudar muito bem as duas danças.

 

De acordo com registros e pesquisas ralizadas, fui a pioneira nessa fusão dentro no mundo árabe e do zouk tanto com os estilos diferentes dos meus parceiros como também no trabalho solo desenvolvido só para mulheres, podendo ministrar aulas e fazer apresentações em diversos locais, o que acabou se tornando a minha marca registrada.

 

As músicas utilizadas são em sua marioria músicas árabes com batidas modernas, ou com influências ciganas, sendo que algumas têm alterações feitas pelos Dj´s das noites de zouk que colocam batidas eletrônicas e também temos os estilos mais tranquilos como new age adaptados ao zouk.

 

Interessante ressaltar que depois de desenvolver meu trabalho forneci algumas percussões árabes para um dos meus amigos Dj´s que uniu uma percussão a uma música mais eletrônica criando assim, novas possibilidades dentro dessa linha musical.

Para o mundo do zoukeiros o que existia em relação ao zouk árabe era sempre a utilização das músicas árabes por casais para dançar o zouk tradicional sem a fusão das danças, e o que diferenciava do estilo tradicional eram apenas os figurinos árabes e alguns movimentos com véus.

 

Ao me deparar com essas músicas árabes nas pistas de zouk, eu unia automaticamente os movimentos do zouk com os movimentos da dança do ventre. E comecei a me aprofundar nessa fusão dentro dos meus estudos, levando-os para as minhas aulas de dança do ventre utilizando as músicas e os novos movimentos para coreografar com minhas alunas.

 

Em 2006, comecei a desenvolver o projeto de zouk árabe com o meu parceiro de zouk na época e começamos adaptar as coreografias de dança do ventre para o encaixe do zouk que figurou da seguinte forma: escolhíamos uma música chamada de zouk árabe para uma apresentação, também utilizando figurino árabe, porém o nosso diferencial era a incorporação da dança árabe. Normalmente eu iniciava a apresentação com a dança do ventre, depois dançávamos o zouk juntos e em alguns momentos da música o meu parceiro me liberava para que eu pudesse solar com os movimentos da dança do ventre, sendo que neste momento ele batia palmas circulando a minha volta ou com um joelho no chão para que meu solo ficasse em total evidência.

 

Fizemos apresentações em casamentos, festas de aniversário, baladas, e até na Festa de Final de Ano da Escola Nar Cia de Dança e Arte.

 

Essa idéia foi muito bem aceita e incorporada por várias dançarinas árabes que também tinham o zouk em seus repertórios com seus respectivos parceiros de zouk. Sendo portanto, apresentada por outros profissinais em festas de academias e também no Alibabar e na Khan El Khalili, que são casas com trabalhos tradicionais da  arte da dança do ventre que temos na cidade de São Paulo.

 

No final do mesmo ano fiz uma parceria com um outro professor de Zouk, e o diferencial dessa parceira era que ele também tinha feito dança do ventre por um período de dois anos com especialidade em solos de percussão. Assim, tive a idéia de desenvolver um outro estilo de apresentações de Zouk Árabe aproveitando esses conhecimentos, e pudemos misturar os movimentos das duas danças dentro das apresentações.

 

O verdadeiro ápice desta parceria foi quando fomos convidados para dar aulas no Congresso de Zouk de São Paulo em 2007, onde também nos apresentaríamos em uma das noites que seria realizada np Buena Vista Club, que é uma das casas noturnas mais conceituadas de São Paulo. Foi então que decidi preparar algo especial e inédito: editei uma música de zouk árabe colocando uma parte de um solo de derbake (percussão árabe) no meio e montei a coreografia onde dançaríamos livre a parte do zouk e coreografada a parte da percussão para dar mais impacto. E para nossa total surpresa foi um momento mágico e  inesquecível tanto para nós como para o público que estava presente, foi realmente um trabalho abençoado pelo universo.

 

Em 2008 pude mais uma vez inovar ao fazer coreografias e apresentações com minhas alunas de Zouk Árabe só para mulheres o que consiste na união das duas danças sem a necessidade de parceiros, dando total liberdade para a criatividade feminina poder explorar os movimentos e as sensações das músicas de zouk árabe.

 

Para abrilhantar a novidade, em 2009 tive oportunidade de ministrar essas aulas no Congresso Internacional de Zouk em Porto Seguro – BA.

 

Continuo estudando e me aprofundando nos dois estilos,  aguardem as próximas notícias!

 

Um beijo!

 

Regiane Macedo

A Zoukeira mais Árabe que existe! ☺